Banco Mundial apoia cooperação técnica entre São Tomé e Príncipe e Angola para criação da Unidade Central de Gestão de Projetos

Banco Mundial apoia cooperação técnica entre São Tomé e Príncipe e Angola para criação da Unidade Central de Gestão de Projetos
O Banco Mundial está a apoiar a cooperação técnica entre São Tomé e Príncipe e Angola, com vista ao reforço da capacidade institucional na gestão de projetos de desenvolvimento. Nesse âmbito, o Ministro do Planeamento de Angola, Victor Hugo Guilherme, recebeu em audiência o Diretor-Geral da Agência Fiduciária de Administração de Projetos (AFAP), Hélio de Almeida, para abordar a criação de uma Unidade Central de Gestão de Projetos financiados pela instituição internacional.

O encontro, realizado nas instalações do Ministério do Planeamento, representou um passo significativo no estreitamento das relações bilaterais e no intercâmbio de boas práticas. Durante a reunião, o Ministro Victor Hugo Guilherme destacou a relevância da experiência são-tomense, sublinhando que a partilha de metodologias adotadas pela AFAP pode contribuir para melhorar a absorção de fundos externos e aumentar a eficiência na execução da carteira de projetos em Angola.

Na sua intervenção, o Diretor-Geral da AFAP apresentou o modelo organizacional da agência, que centraliza a gestão fiduciária em áreas estratégicas como infraestruturas, finanças, ambiente e salvaguardas sociais. Este modelo, explicou, tem permitido ganhos expressivos na racionalização de recursos, maior celeridade nos processos e reforço da comunicação técnica entre equipas multidisciplinares.
Atualmente, a AFAP gere uma carteira de 12 projetos ativos, num montante global aproximado de 220 milhões de dólares, sob a tutela do Ministério da Economia e Finanças de São Tomé e Príncipe.

Durante a audiência, foram igualmente discutidos desafios partilhados pelos dois países, entre os quais a harmonização salarial dos consultores, a implementação de mecanismos de avaliação de desempenho e o fortalecimento da articulação entre órgãos executores e parceiros financeiros, fatores considerados essenciais para o aumento dos índices de desembolso.

O Ministro do Planeamento de Angola classificou a experiência da AFAP como “valiosa” e manifestou abertura para a adoção progressiva de um modelo de centralização fiduciária no país, sobretudo em setores com maior volume de financiamento externo.